Merda.Olhei ao redor e odiei tudo o que vi. Odiei as palavras, os sentimentos, as letras, cada frase. Lutei contra uma vontade impulsiva de excluir tudo o que já escrevi, atear fogo nas frases de canto de caderno , porque aos meus olhos me parecia tão "auto - ajuda "... Odiei o ódio, mesmo ele próprio sendo o sentimento mais horrível que se pode sentir, mas se eu sinto é um feito. Ajudei as pessoas, mas não me ajudei, sempre vi através de almas, nunca conseguir ao menos entender a minha.
E aonde eu cheguei ? Tirei conclusões. Não cheguei a lugar algum pois descobri que tudo foi feito de mentiras, mentiras simples, mentiras fáceis, que desde pequenas nos incentivam a usar nossa imaginação. Papai Noel não existe, sabia? Afinal, ele é gordo demais pra passar por uma chaminézinha... Princesas não existem e com elas os princípes idiotas e encantados também não, a fadinha dos dentes é um simples pretexto para seus pais lhe darem dinheiro sem que seja estabelecido um termo de 'criança mimada' a você. Finais felizes(argh, os malditos finais felizes!)não existem também, mas você já sabia disso tudo não é ? Nenhuma novidade até agora...
Me ensinaram tanta coisa em quinze anos, segui tanta regra, fiz tudo tão certo, me botaram na linha, e o que eu ganhei com isso?
Dizem que pedir desculpas só serve pra repetir o mesmo erro, pois então faço deles um hábito, pra não ter que pedir perdão.
Decidi o que fazer. Sair da linha, quebrar regras, criar mais hábitos indesculpáveis, ser má em vez de boazinha, desistir da boa conduta, é tudo uma mentira mesmo.
Vou sair em busca de verdades, quem sabe dessa vez eu me dê bem...
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